Quem é o meu próximo?

Deus ama a todos, independentemente de qualquer aspecto que possa diferenciar o indivíduo nos conceitos criados pelo ser humano.

Deus ama e quer que todos aqueles que se dispõe a segui-lo e servi-lo também sejam a expressão desse amor.

Fomos criados à imagem e semelhança de nosso Criador e somos desafiados todos os dias a vivermos segundo a vontade do nosso Salvador, cumprindo Seus princípios, em especial, o amor ao próximo. “E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo: Mestre, qual é o grande mandamento da lei?

E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento.

E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas” (Mt 22:35-40). Deus espera de nós o amor pelo nosso semelhante na mesma intensidade que amamos a nós mesmos. E esse não deve ser um sentimento utópico ou reservado a nossos familiares e amigos.

Deve ser algo muito mais amplo e com atitudes práticas de demonstração. O “próximo” a que se refere Jesus pode estar sentado sob a marquise do outro lado da rua, desacordado sob um viaduto após uma overdose ou faminto em algum canto do Brasil ou pode ser uma criança pequena com os pezinhos descalços e sujos, um olhar triste e uma barriga faminta em Madagascar na África, por exemplo.

Pode ser que você nunca o tenha visto e nunca o encontre pessoalmente. A proximidade não significa estar ao alcance dos seus olhos, mas sim do coração.

O amor pelos desconhecidos, pelos pobres de Deus não requer necessariamente presença física, ele pode ser demonstrado de várias maneiras. Para aqueles que têm chamado para atuar no campo missionário, o contato pessoal é uma característica inerente ao ministério e a demonstração é direta e diária.

Para os missionários de base, que dedicam seus dias em escritórios e em trabalhos burocráticos, é oferecer seus dons e talentos dando suporte os missionários de campo. Para outros cristãos, a forma de cumprir o mandamento é auxiliar em oração ou financeiramente que outros sejam enviados aos campos missionários.

Não há que se falar em missões sem o amparo espiritual e financeiro, assim como são inócuos os recursos financeiros e as intercessões sem agentes disseminadores in loco. Formas diferente de agir, com características imprescindíveis e complementares e intimamente ligadas pelo objetivo comum de propagar o amor e o Evangelho.

Isso precisa estar bem claro nas mentes de todos os envolvidos com o Reino de Deus para que não haja supervalorização ou menosprezo entre os irmãos. Ser enviado como missionário à África é um grande privilégio e uma árdua tarefa e tem o mesmo valor e a mesma importância daquele que é chamado para distribuir sopa aos moradores de rua de sua cidade ou no interior de seu próprio país.

Precisamos ter sempre em mente que somos um só corpo e, assim como os órgãos do corpo humano, temos funções diversas e essenciais à vida. Por fim, seja fiel ao Deus que te chamou e confie no que Ele quer de você e no que Ele tem para sua vida.

Por sua benignidade e amor e ciente de nossa humanidade, Deus não revela tudo de uma vez. Nós temos ciência apenas de parte do projeto, mas o Senhor já sabe o que está por vir e onde chegaremos, se não desfalecermos. Mantendo seus olhos fixos no Senhor, certamente, Ele te ajudará.

“Lembre da minha ordem: “Seja forte e corajoso! Não fique desanimado, nem tenha medo, porque eu, o SENHOR, seu Deus, estarei com você em qualquer lugar para onde você for!” (Js 1:9 – NTHL)

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Rev. Wildo dos Anjos é presidente e fundador da Missão Vida, instituição filantrópica pioneira no Brasil na área de recuperação de mendigos. Casado com Rosane é pai de quatro filhos. Pastor e autor de dezenove livros, já pregou em todas as capitais brasileiras e em mais de 50 países. Contatos: presidencia@mvida.org.br Fone: 62 3318 1985